A informação foi avançada esta segunda-feira, 20, pelo secretário de Estado do sector da Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Carlos Borges, tendo este acrescentado que o sector vai solicitar o apoio à banca comercial para aliviar os problemas da queda das receitas
À margem de uma reunião que manteve com os operadores e líderes das associações do sector, onde analisaram o impacto do económico da pandemia do covid-19 nas empresas de transportes e recolher contribuições para medidas financeiras pós-pandemia, o governante sublinhou a importância de garantir o equilíbrio deste sector fundamental para a economia nacional.
Segundo Carlos Borges, o Ministério dos Transportes quer encontrar soluções para garantir o equilibrou das empresas e dos empregos assim como aliviar os impostos e assegurar investimentos necessários para o futuro.
De acordo com o secretário de Estado, o Executivo quer encontrar soluções mais ajustadas e equilibradas com aquilo que são as necessidades das empresas.
Carlos Borges disse ser necessário que as empresas do sector não fiquem reféns da covid-19, mas que pensem no que vem a seguir à pandemia.
No que toca ao apoio à tesouraria, o secretário de Estado do Ministério dos Transportes afirmou que as empresas do sector, quer sejam públicas ou privadas, precisam de cerca de 200 milhões de dólares.
"Queremos que esse dinheiro venha da banca comercial e estamos a tentar assegurar essa ponte com os diferentes agentes do marcado", destacou.
Entretanto, Carlos Borges disse também que os cálculos e as estimativas das receitas vão depender do tempo de duração da pandemia da covid-19, mas sublinhou que nesta fase há uma perda muito forte no sector.
"Assim sendo, e isso é uma estimativa, prevemos uma potencial perda de 1.360 mil milhões dólares. É um número muito forte e que cabe a todos nós tentar encontrar soluções", disse o secretário de Estado, acrescentando que face à paragem das empresas, esse número pode ser superior.
Já o presidente do conselho fiscal da Associação de Moto-taxistas de Angola (Amotrang), José dos Santos, disse à saída do encontro que o decreto do estado de emergência determina a proibição da actividade de moto-táxi, factor que dificulta a vida das pessoas que vivem dessa actividade.
"As perdas são inormes e fizemos chegar isso ao Ministro dos Transportes, onde propusemos algumas soluções", salientou.
José dos Santos, lamentou o facto de até agora a actividade de moto-táxi não estar ainda regulamentada, o que faz com que o Executivo perca muito dinheiro na arrecadação de receitas em taxas e impostos.
O presidente da Nova Aliança dos Taxistas de Angola (Anata), Francisco Paciente, espera que o Ministério dos Transportes leve com "a mais alta consideração", as preocupações do sector ao titular do poder Executivo e transmitiu as grandes dificuldades que os taxistas enfrentam nesse período.
Este encontro serviu para analisar o impacto económico da pandemia da covid-19 nas empresas de transportes e recolheu contribuições para medidas financeiras pós-covid. O ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D'Abreu, esteve presente na reunião, mas não falou aos jornalistas.