Os profissionais dos táxis procuraram chamar Abel Chivukuvuku para a sua causa durante um encontro este fim-de-semana com as associações de taxistas explicando-lhe a situação descontrolada do ponto de vista legal em que vivem.
Além disso, o líder do PRA-JA ouviu destes profissionais que ao ajudar à regulação da sua profissão está a ajudar uma profissão de que dependem várias famílias, desde logo a sua, a do "patrão", a do lotador, a do cobrador e a do "regulador do trânsito" com as constantes "gasosas" que pagam.
As associações acusam o Governo de não dar a devida atenção aos projectos da organização que visam a profissionalização da actividade do táxi no país.
"O médico, o jornalista, o enfermeiro (...) o advogado têm carteira profissional. Porque não o taxista?", questionam num memorando apresentado ao líder do PRA-JA Servir Angola, frisando que por falta do regulamento da actividade, "hoje em dia qualquer que tem a sua viatura a fazer de táxi" quantas vezes sem o mínimo de segurança.
Reagindo às preocupações das associações dos taxistas, Abel Chivukuvuku prometeu canalizar as propostas ao Executivo, lamentando que a falta de diálogo entre o Governo e as associações pode estar a "gerar problemas como a má resolução de conflitos, a perda de confiança e a dificuldade de alcançar os objetivos comuns".
"Sem comunicação aberta, as instituições perdem a oportunidade de alinhar as expectativas, resolver as discórdias de forma construtiva e promover a cooperação, resultando em ineficiência e instabilidade", assinalou.
Na sua opinião, ao não manter um diálogo constante, o Governo pode perder a oportunidade de entender a realidade, os problemas e as necessidades das comunidades representadas pelas associações, o que é fundamental para a formulação de políticas públicas adequadas.
"O que aconteceu nos dias 28 a 30 de Julho, em Luanda, é resultado de falta de diálogo. Portanto, vamos pedir o Executivo para que privilegie o diálogo e liberte muitos líderes dos taxistas ainda presos", concluiu.