Como o Novo Jornal constatou no local, as largas dezenas de elementos da Polícia Nacional posicionaram-se no terreno de forma a que a manifestação, que estava anunciada desde quarta-feira, pelo menos, pudesse, cerca das 12:30, iniciar a caminhada.

Face à intransigência policial, grupos de manifestantes acabaram a apedrejar autocarros da TCUL, estando pelo menos seis com vidros partidos.

A polícia reagiu com o lançamento de granadas de gás lacrimogéneo para tentar dispersar os manifestantes.

Entretanto, quatro jornalistas da Rádio Essencial e do Valor Económico foram detidos pela polícia quando estavam em serviço a acompanhar a manifestação para estes dois media nacionais.

Recorde-se que esta manifestação contou com o apoio tácito da UNITA e foi organizada por organizações da sociedade civil.

Entre os manifestantes podem ser lidas, em cartazes empunhados sobretudo por jovens, frases a exigir medidas para acabar como desemprego, a lembrar as promessas do Governo de João Lourenço para criar milhares de postos de trabalho...

Como tem sido habitual, esta manifestação foi convocada pelo Movimento Revolucionário e pelo Movimento para a Cidadania, mas, conta com o apoio da UNITA, o que lhe confere uma maior dimensão e importância política, o que pode estar por detrás da força policial enviada para o local e o impedimento de que esta prossiga a caminhada para o 1º de Maio.

o Novo Jornal observou ainda o recurso a granadas de gás lacrimogéneo por parte das forças policiais para dispersar os manifestantes, tendo inclusive detido alguns, embora não tenha sido possível confirmar quantos.

Mas a existência de grupos de jovens dispersos pela cidade pode ainda resultar na concentraçã de algumas dezenas de manifestantes no 1º de Maio.

Isso mesmo foi percepcionado pelas forças policiais que enviaram unidades da PIR para diversos pontos nas imediações do 1º de Maio, incluindo a VIla Alice, como a fotografia o demosntra.