Em 1921, a colónia autónoma se proclamou como Rodésia do Sul. Em 1953, o Reino Unido, temeroso da maioria negra, criou a Federação da Rodésia e Niassalândia, composta pela Rodésia do Norte (actual Zâmbia), Rodésia do Sul (hoje Zimbabwe) e a Niassalândia (actual Malawi).

Em 1964, o Reino Unido concedeu a independência à Rodésia do Norte, com o nome de Zâmbia. Mas a Rodésia do Sul se recusou, a menos que fossem dadas garantias de que o governo seria eleito pelo sufrágio universal.

Um ano depois, o primeiro-ministro da Rodésia do Sul, Ian Smith, declarou unilateralmente a independência em 11 de Novembro de 1965 e promulgou uma nova constituição através da qual o país adoptava o nome de República da Rodésia. Mas a independência só foi reconhecida quinze anos depois, em 18 de Abril de 1980, com o nome de Zimbabwe.

Antes da independência, 1979, foi acordado uma trégua (Acordo de Lancaster House) e, após um ano, a maioria negra votou pela primeira vez em eleições, sendo eleito primeiro-ministro o moderado bispo Abel Muzorewa, que baptizou o país sob o nome de Zimbabwe-Rodésia.

Muzorewa concordou em uma transição, através de um governador britânico, até a realização de eleições no ano seguinte. A partir daí, o Reino Unido e a ONU reconheceram a independência do Zimbabwe, que já havia sido declarada quinze anos antes. A União Nacional Africana do Zimbabwe (ZANU) ganhou as eleições.

Em 12 de Agosto de 1984, o ZANU procurou estabelecer um estado socialista. Dois anos depois, Mugabe anunciou medidas para reprimir os lugares ocupados por brancos na assembleia.

Em 2 de Dezembro de 1987, Robert Mugabe foi nomeado como o primeiro chefe executivo do Zimbabwe. Mugabe foi reeleito em Março de 1990. Em 1991, o ZANU oficialmente abandonou seus ideais socialistas, mas promoveu uma reforma agrária que serviu para estatizar grandes propriedades dos brancos.

Diferentes organizações internacionais, grupos independentes de direitos humanos e o partido político maior de oposição, o Movimento para a Mudança Democrática, reclamaram sobre a falta de transparência no sistema de redistribuição das terras.

Zimbabwe é um país da África Austral, anteriormente designado Rodésia do Sul e depois simplesmente Rodésia. É limitado a norte pela Zâmbia, a norte e a leste por Moçambique, a sul pela África do Sul e a sul e oeste pelo Botswana. Sua capital é Harare.

O território é constituído por uma região planáltica coberta de savanas, sendo a altitude máxima de 2558 metros. O solo é muito fértil, propício à agropecuária. A criação de gado bovino e a cultura do tabaco constituem a principal riqueza económica. O subsolo guarda ouro, amianto, carvão e cromo. Ficam em seu território a grande barragem de Kariba e as famosas Quedas Vitória.

O Zimbabwe tinha, em 2003 uma população de 12. 576. 742 habitantes, correspondente a uma densidade populacional de 32 hab/km².

A maioria da população é de origem banto. Os grupos principais são os shonas, fundadores do primeiro Estado da região, e os ndebeles, de origem zulu, chegados no século XIX.

A maioria da população prática cultos tradicionais africanos, mas a Igreja Anglicana é a denominação cristã mais difundida.

As línguas oficiais do Zimbabwe são o inglês e as Línguas bantu shona e ndebele. É uma república com um presidente executivo e um parlamento que possui duas câmaras.

O actual presidente é Robert Mugabe. Em Março de 2008 houve eleições gerais, que Mugabe perdeu, sem que o outro candidato tivesse obtido os 50% necessários.

Na segunda volta das eleições, que teve lugar no dia 27 de Junho, Mugabe venceu as eleições, tendo sido empossado para o 6ª mandato presidencialista dois dias depois. O candidato alternativo havia desistido da corrida eleitoral alguns dias antes.

O Zimbabwe é um dos países africanos em que a cultura ocidental é mais importante, no entanto, é nas zonas rurais onde as tradições ainda têm presença.

Os artistas são muito valorizados na sociedade do Zimbabwe, e muitos deles vivem em seu próprio país de sua actividade artística, ao contrário do que acontece em outros países africanos, cujos artistas são muitas vezes forçados a ir para a Europa.

No país encontra-se um dos poucos grandes edifícios antigos, feitos pelos nativos da África negra, é a cidadela de Grande Zimbabwe, e é este monumento que dá o nome ao país.

A sua culinária é formada basicamente pela herança da cozinha britânica combinada com pratos africanos. A refeição padrão consiste de sadza (uma espécie de mingau de milho) e nyama (pronuncia-se "nhama", e significa "carne"). A bebida alcoólica mais popular é o chibuku.

Angop / Novo Jornal