Segundo o governador do BNA, "a realização deste tipo de exercício, com o suporte técnico do Banco Mundial e do FMI, tem a grande vantagem de dar visibilidade às várias iniciativas das autoridades angolanas, em particular dos organismos de supervisão do sistema financeiro".

Manuel Tiago Dias observou que desde o último exercício de avaliação do FSAP em Angola, em 2011, "ocorreram transformações muito profundas no País, e particularmente no sistema financeiro, com a criação de leis estruturantes", dando como exemplo a Lei de Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo e Proliferação de Armas de Destruição em Massa e a Lei do Sistema de Pagamentos de Angola.

A nível interno, Manuel Tiago Dias explicou que houve uma reestrutuação das áreas de supervisão bancária, com a criação do Departamento de Estabilidade Financeira, do Fundo de Garantia e Depósitos, e a Lei do BNA, que estabelece a independência do Banco.

Já a ministra das Finanças, Vera Daves, destacou que, "mais do que colmatar insuficiências, o programa é uma etapa natural e necessária no percurso de fortalecimento institucional que o País tem vindo a trilhar com determinação e reveste-se, por isso, de grande importância".

"Num momento em que Angola dá continuidade ao seu processo de consolidação macroeconómica, de diversificação produtiva e de modernização do Estado, um sistema financeiro estável, inclusivo e resiliente é condição sine qua non para sustentar o crescimento económico e promover o investimento privado", referiu Vera Daves de Sousa, que defendeu três eixos fundamentais: a transparência e a boa governação no sector financeiro; a protecção dos consumidores e o aprofundamento da inclusão financeira; e a continuidade das reformas estruturantes, em convergência com os parceiros de desenvolvimento.