Desde Maio de 2017 que não se assistia a uma taxa de inflação tão alta, e, segundo a Folha de Informação Rápida (FIR) do Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN), representa um acréscimo de 19,75 pontos percentuais em relação à taxa observada em igual período do ano anterior.
A classe "Alimentação e bebidas não alcoólicas" foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços com 1,33 pontos percentuais durante o mês de Junho, seguida das classes "Bens e serviços diversos", com 0,19 pontos percentuais, "Saúde" e "Vestuário e calçado" com 0,11 pontos percentuais cada e "Hotéis, cafés e restaurantes" com 0,08 pontos percentuais.
Em termos mensais, os preços no consumidor aumentaram 2,07% em Junho, o menor aumento desde Julho de 2023, após uma subida de 2,49% em Maio. Os aumentos de preços mais significativos surgem nos cuidados de saúde, vestuário e calçado, bens e serviços diversos, hotéis, cafés e restaurantes e alimentação e bebidas não alcoólicas.
As províncias que registaram menor variação nos preços foram: Lunda Sul com 1,20%, Huambo, com 1,22%, e Kwanza Sul com 1,28%, enquanto que as que registaram maior variação nos preços foram Luanda, com 2,58%, Bengo, com 2,07% e Zaire, com 2,01%.
O Índice de Preços no Consumidor Nacional mede a variação ao longo do tempo do custo de um cabaz de 12 classes de bens e serviços cuja componente mais importante são os produtos alimentares e as bebidas não alcoólicas (56% do peso total).
O aumento persistente dos preços em Angola reflecte a desvalorização do kwanza e o impacto da retirada gradual dos subsídios aos combustíveis, associada às dificuldades na disponibilidade de divisas.