Um porta-voz da polícia sul-africana, na Cidade do Cabo, citado pela imprensa local, disse que o indivíduo, suspeito de ter dado início às chamas, foi detido e será presente a tribunal na terça-feira sob a acusação de arrombamento, roubo e incêndio premeditado.

O Parlamento da África do Sul, que funciona na Cidade do Cabo, estando o Executivo sedeado em Pretória e alguns departamentos em Joanesburgo, ficou quase em escombros devido ao fulminante avanço das chamas que foram detectadas na manhã de Domingo mas extintas apenas madrugada dentro nesta segunda-feira.

O Presidente Cyril Ramaphosa disse ter-se tratadi de uma "terrível devastação" da casa da democracia sul-africana, garantindo que tudo vai ser feito para o reerguer dos destroços com renovado vigor.

Com o avançar das chamas, que tivera início no 3º andar do edifício e rapidamente avançou para a Assembleia e Biblioteca, provocando a queda do tecto da câmara baixa do Parlamento da África do Sul.

O Parlamento da África do Sul estava, e está, suspenso devido à quadra festiva.

As chamas deflagraram poucas depois das cerimónias fúnebres do histórico arcebispo Desmond Tuto, na Catedral de São Jorge, que está localizada nas imediações do agora devastado edifício do Parlamento da África do Sul.

Uma das razões para que as chamas tenham tido o efeito devastador que tiveram foi o facto de o sistema anti-incêndio instalado não ter funcionado devido a uma avaria ainda não explicada pelas autoridades.

O Presidente sul-africano, que esteve no local, lamentou o mau funcionamento do sistema e elogiou a pronta acção dos bombeiros.

As autoridades ainda estavam, perto das 10:00, hora de Luanda, a avaliar a dimensão do efeito das chamas prometendo um exaustivo relatório para breve, temendo-se, no entanto, que o incomensurável recheio histórico da área da antiga assembleia tenha sido, senão totalmente, pelo menos muito danificado, incluindo inigualáveis artefactos históricos.