"Cerca de dez buscas foram realizadas em Verviers, no leste de Bélgica, onde os dois jihadistas foram mortos, mas também em Bruxelas e em Vilvorde, no subúrbio da capital", anunciou um dos substitutos do procurador, Eric Van der Sijpt.
De acordo com outro substituto, Thierry Werts, "essa célula operacional era composta de cerca de dez pessoas, das quais algumas voltavam da Síria".
"Eles estavam prestes a cometer, de maneira iminente, um atentado de envergadura na Bélgica", completou Werts.
Já Der Sijpt esclareceu que "nenhum vínculo foi estabelecido até o momento entre a operação jihadista na Bélgica e os atentados em Paris".
De acordo com a agência Belga, citando fontes judiciais, a investigação foi aberta antes do ataque contra o semanário francês "Charlie Hebdo", em 7 de Janeiro passado.
Em Verviers, os suspeitos "abriram fogo imediatamente, durante vários minutos, com fuzis de assalto tipo Kalashnikov, contra a Polícia Federal, e foram neutralizados", acrescentou Thierry Werts.
"Um terceiro foi interceptado no local", relatou, afirmando que "mesmo feridos no chão, eles continuaram a atirar".
Testemunhas relataram ter ouvido explosões na operação. Werts atribuiu essas deflagrações à Polícia e garantiu que nenhum agente
policial, ou civil, ficou ferido.
Segundo Werts, "a ameaça era contra os serviços da Polícia".
O nível de alerta foi elevado para três, numa escala que vai até quatro, para as delegacias e os tribunais belgas.
Angop/NJ