Os dados foram avançados pelo secretário-geral interino da CIRGL, Ronald Tembo, durante a 30ª Reunião do Comité Executivo deste órgão, que decorre em Luanda.

Este responsável pediu aos membros da organização para regularizarem as suas contribuições, para o Fórum conseguir sustentar as suas operações, tendo em vista o cumprimento dos objectivos de paz e segurança da região.

Ronald Tembo apresentou o relatório financeiro do Fórum, referente ao período de Janeiro a Dezembro de 2024, e o plano orçamental para 2025-2026.

Neste encontro, a presidente da Comissão de Finanças e Mobilização de Recursos, deputada Susana Augusta de Melo, de Angola, disse que a proposta de orçamento foi rejeitada por apresentar "discrepâncias graves nas rubricas e valores injustificados".

"Não podemos aprovar um orçamento com duplicação de despesas, número exagerado de assistentes e ausência de critérios claros na atribuição de verbas", disse.

Susana de Melo destacou ainda que "o Fórum só conseguirá manter-se funcional por mais três meses, se continuar a depender exclusivamente das contribuições dos membros".

Este órgão recomendou a diversificação das fontes de financiamento e maior controlo interno.

Os participantes discutiram os desafios da segurança na região, com ênfase em quatro países em crise, tais como República Centro-Africana, Sudão, Sudão do Sul e República Democrática do Congo.

O Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (FP-CIRGL) é uma organização interparlamentar que reúne os parlamentos nacionais dos 12 Estados-membros da CIRGL, nomeadamente Angola, Burundi, República Centro Africana (RCA), Congo, Quénia, República Democrática do Congo (RDC), Ruanda, Sudão do Sul, Sudão, Uganda, Tanzânia e Zâmbia.