Esta decisão de Donald Trump já era aguardada, visto que em Junho, depois de ter divulgado uma lista de 12 países com os seus cidadãos proibidos de entrar nos Estados Unidos, da qual fazia parte um lusófono, a Guiné Equatorial, Donald Trump mostrou vontade de inserir nesta lista mais 36 países, incluindo nela Angola, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, segundo uma notícia da Reuters, que na altura eve acesso a um documento interno do Departamento de Estado norte-americano.
Depois do ataque em Novembro, durante o qual um requerente de asilo afegão atacou dois membros da Guarda Nacional em Washington, resultando na morte de uma militar, Trump fez sair a ordem executiva onde justificou a medida com base em motivos de segurança nacional e ordenou a proibição total de entrada nos Estados Unidos para cidadãos do Burkina Faso, Laos, Mali, Níger, Serra Leoa, Sudão do Sul e Síria.
A ordem proíbe ainda a entrada de indivíduos que utilizem documentos de viagem emitidos ou endossados pela Autoridade Palestiniana.
A administração Trump já tinha negado vistos a autoridades palestinianas que estavam programadas para participar na Assembleia Geral da ONU em setembro.
O Presidente impôs ainda restrições parciais a cidadãos de outros 15 países: Angola, Antígua e Barbuda, Benim, Costa do Marfim, Dominica, Gabão, Gâmbia, Malawi, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Tanzânia, Tonga, Zâmbia e Zimbabué.
Em Junho, Trump já tinha emitido uma proibição total de entrada a cidadãos de 12 países que se mantêm na lista: Afeganistão, Myanmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen.
As restrições parciais anteriormente impostas ao Burundi, Cuba, Togo e Venezuela, Afeganistão, Myanmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen também se mantêm em vigor.
"As restrições e limitações impostas por esta proclamação são, a meu ver, necessárias para impedir a entrada ou admissão de cidadãos estrangeiros sobre os quais o Governo dos Estados Unidos não possui informação suficiente para avaliar os riscos que representam para o país", refere a ordem executiva de Trump.

