Depois de Brazzaville, Wang Yi segue para a Nigéria, terminando este circuito africano no Chade, a 11 de Janeiro, demonstrando, ao passar ao lado de Luanda, que as relações entre a China e Angola estão longe do seu pico.

Segundo os media chineses, Yi procura com esta deslocação ao continente africano consolidar o registo crescente do volume dos investimentos chineses em África, embora estas visitas de início de ano do chefe da diplomacia chinesa a África seja já uma tradição com décadas.

Mas as visitas do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros são igualmente um indicador de onde estão focadas as prioridades de Pequim, que é, de longo, o maior investidor e parceiro externos entre os 54 países do continente africano.

Como é usual, ao escolher Windoek, Brazzaville, Abuja e N"Djamena como paragens da sua primeira deslocação ao exterior do novo ano, mesmo que o novo ano chinês só se cumpra em final de Janeiro, Wang Yi define o calendário das prioridades de Pequim.

E isso quer dizer que a China vai apostar forte em novos investimentos na Namíbia e na República do Congo, dois países vizinhos de Angola, com quem alguns destes investimentos poderão fazer sentido analisar do ponto de vista da criação de sinergias.

Na abordagem a esta visita, Mao Ning, porta-voz do ministério liderado por Yi, sublinha que neste "mapa" do ministro estão quatro países com fortes laços de amizade com a China e parceiros relevantes da cooperação do gigante asiático com o continente africano.

Explicou ainda que esta visita objectiva a concretização dos projectos desenhados na Cimeira China-África que o ano passado teve lugar em Pequim e onde Angola se fez representar apenas ao nível ministerial.

A desvitalização das relações entre Angola e Pequim, que ficou clara com a redução da represnetação angolana na FOFAC, são uma muito notada aproximação de Luanda aos EUA, como ficou claro com a recente visita do Presidente Joe Biden a Luanda, no mês de Dezembro.