A componente do ensino prima por um bom rácio entre professores e alunos. Quanto menor forem as turmas melhor deverá ser o ensino. Turmas a abarrotar de alunos não são um bom ambiente de ensino e aprendizagem. Por cá, ainda temos professores que, por conta dos diferentes empregos, despejam a matéria formatada sem permitir intercâmbio com os alunos.
A empregabilidade visa demonstrar que uma elevada percentagem dos finalistas de cursos universitários consegue emprego, de preferência nos primeiros dois anos depois da conclusão dos seus cursos superiores. A preparação dos alunos para a vida após a faculdade é uma componente vital. Em Angola não existe sequer um estudo dos cursos com maior saída e muitos dos estágios que deveriam ser a primeira oportunidade de emprego são cobrados pelas entidades empregadoras. Este facto dificulta a preparação dos estudantes para a vida.
O critério da internacionalização foca na publicação de artigos científicos e na existência de alunos e professores de outros países. Este critério, em Angola, reflecte a reduzida produção de artigos científicos em revistas internacionais e a fraca colaboração com instituições de ensino superior em outros países. Em relação à existência de estudantes de outros países em Angola não existem dados concretos mas as informações disponíveis indicam serem muito poucos.
A pesquisa ou o desenvolvimento académico incide sobre o envolvimento das universidades em pesquisa científica e a dotação de uma percentagem (entre 30 e 10%) dos fundos do orçamento das universidades para pesquisa. Do ponto de vista do desenvolvimento académico é desejado que uma percentagem de alunos tenha um papel de monitores ou assistentes dos professores. A participação em redes universitárias internacionais, regionais e nacionais também é uma mais valia.
Há muitos outros factores que impedem uma melhor classificação das universidades Angolanas como por exemplo o impacto social e ambiental, a inclusão social, a pesquisa e a inovação, o apoio ao empreendedorismo, a possibilidade de ensino remoto, as infra-estruturas universitárias. Acima de tudo há uma necessidade de melhorar a base do ensino e transformar os processos educacionais em Angola.
Todavia, o resultado mais negativo não é uma má classificação no seio das outras universidades Africanas mas sim a produção de quadros superiores de capacidade inferior que não poderão concorrer para o desenvolvimento sustentável do país. Manter o nível de ensino actual é hipotecar o futuro de todos.