A decisão vem expressa num despacho presidencial em que é defendida a necessidade de "manter na esfera jurídica de entes públicos determinados activos susceptíveis de satisfazer o interesse público".

A Damer e outras empresas da Media Nova foram entregues em 2020 pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, através do Serviço Nacional de Recuperação de Activos, "em virtude de terem sido constituídas com o apoio e reforço institucional do Estado", segundo a PGR.

As empresas eram detidas pelos generais Leopoldino "Dino" Fragoso do Nascimento, Hélder Vieira Dias "Kopelipa", que estão por estes dias a ser julgados, acusados de vários crimes, como tráfico de influências, branqueamento de capitais, falsificação de documento, associação criminosa e abuso de poder, sendo também arguidos o advogado Fernando Gomes dos Santos e as empresas Plansmart International Limited e Utter Right International Limited.

A empresa pertencia igualmente ao antigo vice-presidente angolano e ex-presidente da Sonangol, Manuel Vicente.

A Damer é a responsável pela impressão do Jornal de Angola, d'O País, e, também, do Novo Jornal e do Expansão, assim como de revistas, livros, cartazes, flyers e catálogos. É, neste momento, das poucas gráficas em Angola (ver notícias relacionadas em rodapé)