O director provincial dos Serviços Prisionais do Namibe, subcomissário Gabriel Barros, informou aos deputados que o estabelecimento penitenciário, com capacidade para 350 reclusos, agora alberga mais de 500.
"No estabelecimento prisional estão em prisão preventiva 293 reclusos e 230 condenados. A situação na unidade está controlada, mas a gestão torna-se cada vez mais difícil devido à insuficiência de pessoal, materiais e infraestruturas", afirmou, frisando que estão na prisão 11 reclusas, duas das quais com filhos menores.
Preocupada com a situação, a coordenadora do Grupo Parlamentar do MPLA no Namibe, deputada Amélia Camunheira Pinto, prometeu que as preocupações apresentadas serão encaminhadas à Assembleia Nacional.
"Vamos usar as informações recolhidas para influenciarmos decisões que contribuam para a humanização do sistema prisional no Namibe", conclui.
Para além da unidade prisional de Moçâmedes, a província do Namibe possui o principal centro prisional do país, denominado "Bentiaba", erguido em pleno deserto, que dista a mais de 150 quilómetros de Moçâmedes.
Criado na época colonial, com finalidade de isolar presos de consciência (políticos), a antiga cadeia de São Nicolau já foi apontada como um palco de tortura.
Surgiu nos anos 60 com mais destaque, porque foi nestes anos que nasceram os Movimentos de Libertação Nacional.