"Confirmo a desistência do queixoso. A solicitação da suspensão do mandato foi feita há quase um ano e se à Assembleia Nacional visse fundamentos para o efeito, já teria atendido a carta", afirmou Nuno Álvaro Dala ao Novo Jornal esta terça-feira,24, salientando que nada temia sobre o processo.
A parte queixosa é magistrado do MP junto do Tribunal Supremo e invocou o "perdão" para a desistência do processo-crime que quase custou ao deputado da UNITA a perda das imunidades como parlamentar.
Numa carta enviada à Procuradoria-Geral da República junto do TS, no dia 12 do corrente mês, a que o Novo Jornal deve acesso, o magistrado anuncia a desistência do processo que havia movido.
"Na qualidade de queixoso e assistente nos autos da instrução preparatória do processo n.º 72826/2022-DNIAP- L.n.º 05,fl. 38, que corre os seus trâmites na Direcção Nacional de Acção Penal - DNIAP, declaro `perdão"aos arguidos constituídos nos autos", lê-se no termo de perdão.
O processo-crime foi aberto em 2021 e tinha como base acusações de abuso de liberdade de imprensa, calúnia, difamação e injúria, motivadas pelas denúncias de corrupção feitas por Dala em 2020, que envolviam esquemas de corrupção e abuso de poder no Ministério Público.
Constavam do processo, igualmente, Francisco Yoba Capita, Pedro Vicente e o jornalista Escrivão José.
Importa recordar que, em Novembro do ano passado, o presidente do Tribunal Supremo, Joel Leonardo, havia solicitado à presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, a retirada provisória do mandato de deputado a Nuno Álvaro Dala para que este estivesse à disposição da justiça.