No discurso feito pelo Presidente da República depois de ter lançado a primeira pedra das obras de requalificação da vila da Muxima, que incluem a construção da nova basílica, sobressai o foco no turismo "quer nacional, quer internacional".
"E, se estamos a falar de turismo, estamos a falar, também, de entrada de receitas", disse o Presidente João Lourenço. E acrescentou: "É dentro desta requalificação que vai surgir o Santuário da Muxima, em novo molde, mais moderno e com nova Catedral".
O novo santuário será erguido próximo da antiga capela, junto ao rio, numa área de 10 hectares, com capacidade para acolher 4.600 devotos sentados, uma praça para 200 mil peregrinos, um parque com capacidade para 1.117 viaturas, edifício do clero, residência para os padres e freiras.
O projecto contempla equipamentos sociais como centro médico, administração local, comando da Polícia Nacional, escola, centro comunitário e parque de campismo.
Disse o Presidente que este é "um processo bastante ambicioso que vai dar uma outra qualidade de vida aos habitantes da vila da Muxima e vai fazer com que os fiéis católicos que todos os anos fazem a peregrinação passem a fazê-lo em condições bem melhores".
Em Dezembro de 2018, o Presidente da República aprovou despesa que tinha como beneficiário um consórcio formado pelas sociedades anónimas Somague Angola e Griner Engenharia: 40,1 mil milhões de kwanzas para a construção da Basílica de Nossa Senhora da Muxima e áreas externas contíguas. A esse valor eram acrescidos 699 milhões para a empresa Dar Angola Consultoria fazer a fiscalização.
Em Maio deste ano, o Chefe de Estado actualizou os valores e autorizou 76,4 mil milhões (o equivalente, na altura, a cerca de 186,6 milhões USD) para as obras, e 1,1 mil milhões kz para a fiscalização, o que fez disparar para praticamente o dobro os valores anteriormente acordados.
Já a construção da subestação e da linha de transporte de energia entre a vila da Muxima e Catete, na Província de Luanda, uma obra avaliada em 8,6 mil milhões de kwanzas (mais de 20,9 milhões de dólares norte-americanos), foi entregue à empresa Omatapalo, vencedora do concurso lançado em Novembro de 2021.
No município de Lucapa, província da Lunda Norte, uma central fotovoltaica com capacidade de produzir 7.72 megawatts de energia eléctrica, será instalada dentro de 29 meses. A primeira pedra foi lançada no dia 08, pelo secretário de Estado para Energia, Belsa da Costa.