Da lista de empresas a capitalizar constam igualmente a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE), que vai receber do Estado 29,1 mil milhões kz), a Rede Nacional de Transporte (19,9 mil milhões kz), a Empresa Nacional de Diamantes (ENDIAMA), que vai absorver 20 mil milhões kz, a Empresa Pública de Águas (EPAL), que vai consumir 10 mil milhões kz.

A Empresa Pública de Águas e Saneamento de Benguela (EPAS-Benguela) vai receber 8,5 mil milhões kz, enquanto para a Sociedade Gestora de Aeroportos estão destinados 4 mil milhões e para a Angola Telecom 8,7 mil milhões kz e para a Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL) 39,1 mil milhões kz.

O Fundo de garantia de Crédito, o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário, e o Fundo Activo de Capital de Risco vão também ser capitalizados com 6 mil, 7 mil e 4 mil milhões, respectivamente.

A capitalização destas empresas e fundos vai ser feita tendo como pressuposto o decreto presidencial 40/22, publicado em Fevereiro, em que o Chefe de Estado autorizava a ministra das Finanças a emitir Obrigações do Tesouro para financiar o Orçamento Geral do Estado para o exercício económico de 2022, uma autorização que valia até a 1,9 biliões de kwanzas.

BPC vai custar aos cofres do Estado cerca de 1,5 biliões Kz até 2023

O processo de recapitalização e reestruturação do Banco de Poupança e Crédito (BPC) vai custar aos cofres públicos, até à sua conclusão em 2023, um envelope financeiro de 1,5 biliões Kz, entre aumentos de capital pelo Ministério das Finanças e transferências de malparado à Recredit, ao abrigo do programa de recapitalização e reestruturação (PRR) da entidade que previa, em 2020, que os lucros só começassem a entrar em 2021, segundo avançou o jornal Expansão em Junho de 2020.

Entretanto, o banco tem vindo a encerrar balcões e a dispensar trabalhadores, tal como anunciou, também em Junho de 2020: 1.600 funcionários despedidos e 60 balcões encerrados em três anos, antecipando-se que as indemnizações totalizem 18 mil milhões de kwanzas.

O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Administração do banco público angolano, António André Lopes, que disse, em conferência de imprensa, também em 2020, que as medidas faziam parte do plano de reestruturação que pretende tornar a instituição financeira mais sustentável.