Um dos assuntos em debate nas jornadas que terminam sexta-feira, 08, serão os actos de intolerância política, sobretudo na província do Moxico, onde o BD não consegue estender as suas acções nos nove municípios da província.
Segundo o Bloco Democrático, os actos de intolerância política naquela região do País contradizem as estratégias de paz e de reconciliação nacional.
De acordo com esta formação política, a existência de intolerância política acarreta desacatos graves, entre estes a ausência de harmonia social.
O secretário do Bloco Democrático na província do Moxico, Hélder Mwana África, disse ao Novo Jornal, em Luanda, que recentemente elementos não identificados arrombaram as portas da sede do partido, destruíram totalmente as janelas e danificaram outros meios pertencentes à organização.
"Os actos de intolerância política na província do Moxico são uma afronta ao Estado democrático de direito", referiu o político, frisando que não se concebe em pleno tempo de paz e de democracia, que as organizações partidárias da oposição sejam vítimas de actos de intolerância política.
"A intolerância política é tão perversa que afecta todos os segmentos sociais, desde académicos, artistas, cientistas (...) políticos, empresários, e quando possuem ideias diferentes das do poder dominante, a situação é mais grave", acrescentou.
Para o político, a província enfrenta dificuldades de vária ordem e várias obras do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) do Alto Zambeze estão paradas.
"As autoridades não deixam o BD estender as suas acções nos municípios onde a população carece de quase de tudo", referiu, salientando que milhares de habitantes desta província vão em busca de assistência médica à Zâmbia.