João Lourenço efectuou uma jornada de trabalho neste hospital que recebe diariamente mais de 1.500 pacientes para serem atendidos nas diversas áreas e reconheceu que o atendimento tem de melhorar substancialmente, até porque muitos destes pacientes são provenientes de outros municípios.

"O hospital recebe pacientes de Viana e Cacuaco que acorrem a esta unidade. Mas a situação (para esses) estará resolvida com a entrada em funcionamento de novas unidades hospitalares nestes municípios", garantiu o PR.

O chefe de Estado admitiu que o Hospital Geral dos Cajueiros carece de uma intervenção maior, e anunciou, no local, a sua reabilitação profunda para breve.

"Vamos fazer uma intervenção geral e mobilizaremos os recursos financeiros necessários", disse o Presidente da República após ter visitado esta unidade de referência no município do Cazenga.

Entretanto, a 04 de Janeiro último, o Novo Jornal noticiou a situação das enchentes e do atendimento dos hospitais do Cazenga, com realce para os Cajueiro, onde verificou que vários pacientes eram atendidos e internados nos corredores.

Na ocasião, o Novo Jornal verificou que numa cama estavam internadas três crianças e nas salas de internamento não havia espaço para os médicos trabalharem. Alguns pacientes eram atendidos em cadeiras e no chão.

Na farmácia quase não havia medicamentos para os pacientes e muitas famílias tinham de ir à rua comprar os fármacos para serem administrados aos seus pacientes.

Segundo a direcção do hospital, na altura, mais de dois mil pacientes eram atendidos por dia, facto que levou o Governo Provincial de Luanda (GPL) a admitir que o Hospital Geral dos Cajueiros era a unidade sanitária de Luanda com mais pressão nos seus serviços.

Manuel Homem, governador provincial de Luanda, que visitou aquela unidade sanitária no dia 1 de Janeiro deste ano, reconheceu haver enchentes, mas assegurou que os pacientes estão a ser atendidos.

O Novo Jornal apurou junto das equipas médicas que a malária e as doenças respiratórias são as enfermidades mais frequentes e que ali conduzem milhares de pacientes.

Já Caetano José Miguel, director municipal da Saúde do Cazenga, disse ao Presidente da República que pelo menos 200 médicos especialistas em diversas áreas são necessários para o reforço do atendimento naquela unidade.

Este responsável disse ser ainda preciso aumentar as unidades sanitárias e a rede de hospitais primários, no município do Cazenga.

Depois da visita ao Hospital dos Cajueiros, João Lourenço visitou também as obras do futuro Instituto de Medicina Legal, a primeira do género no País, que está a ser construído em Luanda.