Com uma média diária superior a 100 casos, como ilustram os últimos relatórios oficiais, a província de Benguela carrega o "rótulo" de epicentro da cólera em Angola, mas também, paradoxalmente, o peso das insuficiências que alimentam a proliferação da doença.
Num Centro de Tratamento da Cólera, o CTC do Hospital Municipal de Benguela, fica claro, segundo técnicos de saúde, que os vectores da transmissão "desafiam" medidas anunciadas pelas autoridades angolanas.
"Estamos a falar, constantemente, do saneamento básico. Se dizemos que os Centros de Tratamento combatem por meio da hidratação e antibióticos ... não podemos aceitar que falte água e que haja muito lixo nas comunidades", vincou um alto funcionário.
À hora do fecho desta edição, noite de quarta-feira, 23, Benguela caminhava para 1600 casos, já com mais de 60 mortos.
Numa correria própria de quem tem a missão de salvar vidas, o profissional abordado pelo NJ, um jovem de 42 anos, disse ter sido informado de que a província tinha vivido um cenário pior na década de 80. "Claro que estamos preocupados, parece algo que se repete, até porque assim foi também nos anos 90 e início de 2000", revelou.
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