Aos microfones da Rádio Nacional de Angola, a directora do Instituto Nacional de Sangue, Deodeth Machado, lembrou que a Organização Mundial da Saúde recomenda como mais segura a doação voluntária de sangue, um requisito que Angola cumpre com apenas 17 por cento de dadores.

Os restantes 83 por cento são conseguidos com recurso à doação de familiares dos pacientes que precisam de alguma transfusão, afirmou a a directora do Instituto Nacional de Sangue, que lembra que a recolha tem de ser regular.

O problema da falta de sangue nos hospitais tem sido decorrente. Como o Novo Jornal avançou na sua edição semanal, em papel, o Banco de Hemoterapia do Hospital Regional de Malanje (HRM) queixou-se de ter sangue para atender a apenas 67 pedidos de hemotransfusões de pacientes internados.

António Canda, chefe de secção do Banco de Hemoterapia do Hospital Regional de Malanje disse haver mais procura de sangue para os pacientes com anemias resultantes da malária, apesar de incidência de requisições dos bancos de urgência de medicina homem e mulher, cirurgia e ortotraumatologia, cuidados intensivos, hemodiálise, cirurgia geral e ortopedia. Em 2023, quatro doentes morreram naquela unidade por falta de sangue.