O crime de mineração de criptomoedas tem estado a ganhar terreno em Angola e são normalmente cidadãos asiático, sobretudo de nacionalidade chinesa, quem está no comando das operações.

Na lista de arguidos que vão a julgamento em dois processos separados, apenas um deles é angolano, com ligação aos chineses.

Este crime continua a acontecer no país, com o Serviço de Investigação Criminal (SIC), a deter e desmantelar vários centros clandestinos em diversas províncias.

Nos primeiros três meses desde ano, o SIC desmantelou diversas operações clandestinas de mineração de criptomoedas. Um dos casos mais notáveis ocorreu na localidade da Kiminha, província de Icolo e Bengo, onde as autoridades descobriram um complexo com cinco naves industriais equipadas com tecnologia para mineração, incluindo uma subestação eléctrica composta por 15 postos de transformação de electricidade.

Ainda na província de Icolo e Bengo, um grande centro de mineração foi encontrado no município do Sequele, resultando na apreensão de mais de 2.600 processadores específicos para a actividade, avaliados em 3,7 milhões de dólares.

Em Fevereiro, o procurador-geral da República, Hélder Pita Grós, anunciou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já tem magistrados formados para instruir processos para remeter para julgamento os casos relacionados com crimes de mineração de criptomoedas, como noticiou o Novo Jornal, que também tem reportado casos de desmantelamento de vários estaleiros clandestinos pelo SIC.

A actividade de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais no país passou a ser crime desde Abril de 2024, altura em que começou a vigorar a lei sobre a sua proibição.