Segundo Hélder Pita Gróz, a PGR está a dotar-se também de meios tecnológicos para fazer frente a este tipo de crimes que, até há pouco tempo as autoridades judiciarias pensavam que não existiam no País.
Conforme Hélder Pita Gróz, à margem de uma conferência internacional organizada pelo Tribunal Constitucional, na quinta-feira, 06, a PGR não estava preparada nem tinha meios tecnológicos próprios para fazer as investigações relacionadas com este tipo de crime.
Mas garantiu que agora tem magistrados formados, que estão a adquirir experiência para começar a instruir processos e remetê-los para tribunal.
"Acreditamos que dentro de pouco tempo, em função da experiência que estes magistrados estão a adquirir, teremos alguns processos introduzidos em tribunal", disse o PGR.
Importa lembrar que, nos últimos meses, o Serviço de Investigação Criminal (SIC), tem estado a desmantelar, um pouco por todo o País, vários centros de mineração de criptomoedas, com maior destaque para as províncias de Luanda, Bengo, Benguela e Icolo e Bengo.
Esta semana, em Luanda, mais um centro clandestino de mineração de criptomoedas, dissimulado numa fábrica de blocos, no município do Kilamba, foi desmantelado pelo SIC e detidos vários cidadãos chineses.
O Novo Jornal sabe que devido à escassa experiência para instrução de processos-crimes nos agentes da justiça, muitos cidadãos estrangeiros, na sua maioria asiáticos, são detidos e poucos dias depois postos em liberdade mediante pagamento de caução.
A actividade de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais no País passou a ser crime em Angola desde Abril do ano passado, altura em que começou a vigorar a lei sobre a sua proibição.