Aliás, apurou o NJ, o número de profissionais que deixou, há mais de um ano, de honrar os compromissos referentes às quotas, por não se reverem na actual direcção, é bastante superior, fixando-se numa taxa a roçar os 90%. "O problema não é apenas da Região Sul [referente às províncias da Huíla, Namibe e Kuando-Kubango]", diz uma fonte ligada ao processo, que acrescenta tratar-se de um método encontrado para protestar contra a "gestão danosa" da actual bastonária, que é, igualmente, acusada de não justificar o destino dado às verbas da ORMED.
Em contrapartida, na Região Sul, onde "nasceu" este último impasse que envolve a ORMED, surge a confirmação de que as suspensões vão continuar, até porque, dos 720 médicos aí inscritos, pelo menos 650 não pagam as quotas.
"O Conselho Regional Sul (CRS) optou por suspender um número inferior a 12% em relação ao número total de médicos irregulares nas unidades sanitárias, para acautelar o não-colapso na assistência médica aos pacientes", explica Armando Kahala, presidente do CRS, que se coloca do lado da actual bastonária, considerando que, quando um indivíduo não se revê numa instituição, tem a livre opção de sair. "Estamos apenas a passar por uma nova etapa no modelo de actuação da ORMED, mais democratizada, o que irá favorecer que os médicos se interessem mais pela organização", reforça.
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