O MIREX viu-se obrigado a ordenar a todos os seus funcionários que ali trabalham que exerçam as suas actividades laborais em regime de teletrabalho até encontrar um espaço seguro para a realocação dos trabalhadores.

O Novo Jornal soube que o edifício voltou novamente a vibrar, esta quarta-feira,27, e que a maioria dos funcionários que ali trabalham abandonaram o edifício.

Para além do MIREX, o Novo Jornal soube que no mesmo prédio funciona a Administração do Estado (IGAE), assim como vários departamentos do Ministério da Administração do Território (MAT), e outros, cujos funcionários foram igualmente aconselhados a abandonar o edifício.

Na terça-feira, após um estremecimento com alguma intensidade, o Laboratório de Engenharia de Angola (LEA) assegurou que o edifício abanou devido aos grupos geradores que estão à volta do prédio, no rés-do-chão, mas que não havia qualquer perigo de o imóvel vir abaixo.

O Novo Jornal apurou, no local, junto dos funcionários que trabalham no edifício, que "não é a primeira vez que este prédio dá sinais de poder ruir". Entretanto, asseguram estes funcionários, esta foi a primeira vez que mexeu toda a estrutura, o que provocou "bastante preocupação".

Segundo alguns trabalhadores, a vibração sentiu-se em todo o edifício, incluindo no rés-do-chão.

Na ocasião, o sub-inspector bombeiro Emanuel Lúcio, chefe do departamento provincial de Luanda de redução de risco e desastre, disse à imprensa que o edifício nº 1 do Ministério das relações Exteriores foi evacuado de emergência, naquele dia, mas pela informação que receberam do LEA, após avaliação, o prédio não apresentava perigo, mas a realidade diz ao contrário, facto é que as diversas instituições foram aconselhadas a sair.

Esta quarta-feira, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, esteve no Parlamento durante um encontro com os deputados e a equipa económica do Executivo, e informou que o edifício do MIREX apresenta um problema estrutural, que obrigou à sua evacuação, estando a ser apuradas as causas.

Conforme o ministro, mais de 500 edifícios no País estão em muito mau estado técnico e mais de 1.000 estão em risco de ruir.