Antes da sentença, o tribunal fará a leitura dos quesitos, respostas consideradas provadas e não provadas das matérias discutidas em tribunal, desde o passado mês de Agosto.

O assassinato do então reitor da Universidade Gregório Semedo, em Janeiro, foi um dos casos que mais furor mediático e social gerou nos últimos meses em Angola.

No início do julgamento, os supostos assassinos criaram dúvidas ao acusarem os efectivos do Serviço de Investigação Criminal (SIC) de os ter coagido, sob forte tortura, a aceitar a culpa pelo assassinato do professor, mas tal versão foi desmentida em tribunal pelos especialistas do SIC e do MP.

Em função da tentativa dos arguidos de tentar enganar a justiça, com uma suposta falsa versão, o MP pede que o tribunal os condene exemplarmente.

Segundo o MP, os argumentos dos arguidos são manobras delatórias para tentar esquivar-se da responsabilidade criminal.

Em tribunal, os três principais arguidos, de seis acusados, negam terem feito o que reza acusação do MP.

No mês de Janeiro, após serem detidos, o principal autor do disparo que provocou a morte ao reitor da Universidade Gregório Semedo confessou aos jornalistas, na ocasião, ter disparado contra o académico porque este reagiu ao assalto quando foi abordado e tentou disparar, "pois encontrava-se armado".

Segundo os acusados, o plano era apenas levar o montante que Laurindo Vieira levantou de uma instituição bancária e não matá-lo, como acabou por suceder, porque a bala atingiu uma artéria vital.

Irene Figueiredo, a magistrada do MP no julgamento, entende que os arguidos mataram o professor e quadro júnior do Serviço de Inteligência e Segurança Militar, por isso, quer que o tribunal condene cinco dos seis arguidos, e absolva apenas a arguida Juliate Manuel, a mulher que comprou o telefone da vítima.