Os EUA eram o maior doador de muitos países do Sul Global, mas desde Março, que os apoios foram drasticamente cortados, com 83% do dinheiro da ajuda para a África Subsariana nas áreas da ajuda humanitária, saúde e economia cancelados pelo Presidente Donald Trump.

Esta preocupação foi manifestada pelo secretário executivo da organização, Francisco Simões, recebido pela vice-presidente da Assembleia Nacional, pela UNITA, Arleth Leona Chimbinda, salientando que este reconhecimento permitiria à organização continuar a lutar contra o estigma e a discriminação associados ao HIV/SIDA, além de ajudar a reduzir as novas infecções e mortes relacionadas com a doença.

Segundo este responsável da ANASO, os apoios do Fundo Global de que a associação tem beneficiado foram reduzidos em mais de 21 milhões de dólares, afectando de forma directa as províncias do Cuanza Sul, Benguela e Bié.

"Os fundos norte-americanos foram retirados de forma total, e os projectos pararam completamente", lamentou, frisando que face à situação, a ANASO apresentou a preocupação aos deputados para se procurarem soluções a nível local.

Segundo apurou o Novo Jornal, a ANASO, com mais de 26 anos de actividade, tem os documentos com a pretensão de ascender ao estatuto de utilidade pública "parados" no Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos.

A ANASO tem como objectivo principal reduzir o impacto do HIV/SIDA em Angola e melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus.

A Organização das Nações Unidas alertou recentemente para o risco que os cortes nos fundos dos Estados Unidos podem representar, antecipando pelo menos seis milhões de novas infecções por VIH e quatro milhões de mortes adicionais relacionadas com a doença até 2030, especialmente na África Subsariana.