São 49 arguidos arrolados no processo, acusados de terem montado um esquema fraudulento na Casa Militar da Presidência da República onde processavam salários de centenas de militares falecidos e desistentes e de colocarem nas folhas de salários da Unidade de Guarda Presidencial (UGP) nomes de familiares e amigos com patentes de oficiais, mas que nunca pertenceram aos quadros.
Após terminada a fase das contestações, o tribunal irá pronunciar-se sobre a questão das substituições dos 23 advogados de vários arguidos no processo por entender que estes perturbavam o arranque do julgamento.
A Ordem dos Advogados de Angola (OAA) lamenta a atitude tomada pelo tribunal em retirar da sala de audiência os legítimos defensores dos arguidos e tê-los substituído por um advogado estagiário cujos arguidos não aceitam.
O presidente em exercício da OAA, Jair Fernandes, lamentou a postura do tribunal e realçou que o mesmo agiu de má-fé. Segundo este representante, brevemente a OAA irá pronunciar-se sobre o assunto.
O julgamento decorre no Centro de Convenções de Talatona, sob forte medidas de segurança, por falta de espaço no tribunal, dona Ana Joaquina, face ao número de arguidos e de declarantes.
O major Pedro Lussaty e outros arguidos, afectos Casa de Segurança da Presidência da República são acusados de crimes de peculato, associação criminosa, recebimento indevido de vantagens, participação económica em negócios e abuso de poder e também de fraude no transporte ou transferência de moeda para o exterior do País, comércio ilegal de moeda, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e de falsa identidade.