A CEAST quer que o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) priorize o programa de combate à fome e à pobreza para que deixe de haver pessoas a morrem de fome em Angola.

"É preciso sermos humildes e conseguirmos dizer que os nossos esforços chegaram até determinada possibilidade. É preciso pedir a ajuda da Comunidade Internacional", disse em conferência de imprensa, esta segunda-feira,11, o novo porta-voz da CEAST, Dom Belmiro Chissegueti.

Quando a fome aperta, como já sucede há vários anos nas províncias angolanas mais a sul, diz o porta-voz da CEAST, "é preciso parar com o cimento e dar alimento às pessoas".

Segundo o bispo, se o País assim o fizer, "não estará a pedir um favor à comunidade internacional, pois, Angola faz parte dessa comunidade e até tem as suas cotas pagas nas organizações internacionais".

Conforme a CEAST, "quando encontramos pessoas nos contentores de lixo, sobretudo em Luanda e muitos outros lugares, não precisamos de microscópios para assumirmos as nossas debilidades".

A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé mostra-se também preocupada com a "situação de insegurança que se vive por todo o País" e com o crescimento da tensão-pré-eleitoral, sobretudo entre os dois grandes partidos políticos", MPLA e UNITA.

Os bispos da CEAST reconhecem que "o povo angolano perdeu confiança nas instituições judiciais, em função da evidente interferência política em determinadas decisões", que segundo os bispos católicos "não abona para o estabelecimento estabilidade de um Estado democrático e de direito".

A "crescente inflação, que diminuiu o poder de compra dos cidadãos", também é um dos assuntos que merece a preocupação da CEAST.

Agora sob liderança do bispo Dom José Imbamba, a CEAST recomenda aos políticos melhorem os seus discursos para "garantir a paz, segurança e harmonia entre os cidadãos".

Quanto a insegurança, que se vive um pouco por todo o País, os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé pedem que se "melhore a capacidade de resposta dos órgãos policias com meios que permitam melhor mobilidade e estímulo para os agentes".