O diretor-geral do INE, José Calenge, afirmou, em conferência de imprensa, que houve a necessidade de alargar o prazo devido a constrangimentos iniciais com o pagamento de merendas aos agentes recenseadores, problemas de manuseio dos "tablets", e dificuldades de acesso às zonas recônditas e difíceis devido ao período de chuvas.

O Censo2024 teve início a 19 de Setembro, por um período de 30 dias, e, segundo José Calenge, "é fundamental e prudente que se garanta que todos os angolanos tenham a oportunidade de se serem recenseados".

José Calenge garantiu, no entanto, que "o trabalho tem estado a correr", apontando "muitos bons exemplos de superação", com a recolha de dados já fechadas em algumas comunas das províncias do Kwanza Norte, Zaire, Huambo, Kwanza Sul, Lunda Sul, Malanje, Kuando Kubango, Uíje, Lunda Norte, Luanda, Moxico, Huíla e Cabinda.

A decisão de alargar o prazo, segundo Calenge, "resulta de uma análise cuidadosa das operações em diversas regiões do país, garantindo que este processo que é crucial para o desenvolvimento necessário, se realize com a máxima abrangência possível".

Como o Novo Jornal avançou, quando faltavam apenas dois dias para o término do processo, a população continua a queixar-se da fraca presença dos agentes recenseadores nos bairros e denuncia a colagem de selos do Censo 2024 em casas cujos proprietários nem sequer fornecerem quaisquer dados, apurou o Novo Jornal.