Ao Novo Jornal, o Intendente Quintino Ferreira, porta-voz da Direcção de Investigação de Ilícitos Penais (DIIP), confirmou os factos, tendo referido que a influenciadora digital, na companhia de outra cidadã, foi detida na Vila Cativa, província de Icolo e Bengo.

"Elas invadiram a propriedade de um terceiro na tentativa de recuperar uma arca frigorífica. Durante a acção, as duas mulheres foram acusadas de proferir ameaças, causar danos ao imóvel e roubar uma arca pertencente à vítima", explicou o intendente.

Segundo dados, o proprietário do imóvel apresentou uma queixa à Polícia Nacional, que culminou na detenção das duas cidadãs, estando neste momento sob custódia policial, enquanto as autoridades prosseguem com a investigação do caso.

Ouvido a respeito, na noite desta terça-feira, o advogado da influencer, Francisco Muteca, confirmou ao NJ a veracidade das informações e garantiu que apenas na manhã desta quarta-feira, 08, deverão encetar contactos junto da Polícia Nacional para obter esclarecimentos sobre a detenção da sua constituinte.

A influenciadora Neth Nahara chegou a ser condenada pelo Tribunal de Comarca de Luanda, Palácio "Dona Ana Joaquina", em Agosto de 2023, a uma pena de seis meses de prisão efectiva, por ter produzido e publicado um vídeo nas redes sociais a "ofender e a destratar" o Presidente da República, João Lourenço.

À luz do Artigo 333.º do Código do Penal Angolano, Neth Nahara foi detida pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) e levada a julgamento sumário tendo sido condenada a seis meses de prisão efectiva pelo crime de ultraje ao Estado. Após o recurso do Ministério Público, o Tribunal da Relação de Luanda aumentou a pena para dois anos de prisão efectiva.

Em Dezembro de 2024 beneficiou do indulto presidencial, de que beneficiaram igualmente Zenu dos Santos, filho do falecido Presidente José Eduardo dos Santos, e o activista Gilson da Silva Moreira "Tanaice Neutro".