A TAAG assegura que já não tem disponíveis reservas para este mês de Novembro e quem quiser sair de Cabinda para Luanda, no final de Dezembro, deve comprar bilhete agora, sob pena de já não haver lugares em Dezembro, e acusa algumas agências de criarem dificuldades aos cidadãos.
Os passageiros que virão a Luanda, para o Natal, tiveram de fazer reserva na semana passada.
Quando aos passageiros que irão chegar no domingo,10, e que terão a oportunidade de inaugurar o Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN), tiveram de reservar lugar no princípio de Outubro.
Neste momento, denunciam os passageiros, quem tiver emergências, como óbito ou negócios, e quer vir a Luanda, ainda este mês, tem de recorrer aos canais não oficiais, mas irá conseguir o bilhete a preços exorbitantes, que podem chegar a mais de 100 mil kwanzas.
A população diz que têm vivido este problema todos os anos e que já denunciaram várias vezes a situação à TAAG e ao Ministério dos Transportes, através do Governo Provincial, mas nunca ficou resolvida e salientam que agora piorou.
Nelson Oliveira, PCE da TAAG, disse que a situação de Cabinda merece mais rigor por parte das empresas que vendem os bilhetes, porque em muitos casos há voos que chegam a Luanda vazios, porque supostamente o dono do lugar não compareceu.
"Às vezes viajamos com lugares vazios. E aí a companhia perde. Já reunimos com o governo local, Ministério dos Transportes, as agências de viagem e chegámos mesmo a banir algumas empresas", disse o PCE da TAAG, em declarações, esta quinta-feira, ao programa "manhã informativa" da Rádio Nacional de Angola.
Segundo Nelson Oliveira, quem cria o problema na rota Cabinda/Luanda são "os aproveitadores que tentam buscar benefícios, dificultando a compra de bilhete aos cidadãos, com a especulação de preços, manchando o nome da companhia".
Conforme a TAAG, naquilo que é o seu controlo, "só quem está devidamente autorizado em Cabinda é que vai continuar a vender os bilhetes".
Entretanto, para além da dificuldade em conseguir bilhete para viajar para Luanda nesta época, os passageiros da TAAG em Cabinda deparam-se com "constantes e sucessivos" atrasos e cancelamentos de voos da TAAG.
Esta situação continua a frustrar e a enfurecer os passageiros que, por vezes, chegam a ficar dias à espera de voos.
Ao Novo Jornal, vários passageiros disseram que viajar para Cabinda/Luanda, ou vice-versa, tem sido uma luta constante, fruto de maus serviços prestados pela companhia, exigindo melhorias, embora a TAAG assegure ter 30 voos semanais.