O experiente banqueiro português António Domingues apresentou, esta semana, pedido de demissão do cargo de vice-presidente do Banco de Fomento Angola (BFA) aos accionistas da instituição, confidenciou ao NJ fontes ligadas ao sistema bancário nacional.

O responsável demitiu-se da função que ocupava no segundo maior banco em activos do sistema financeiro angolano, por não concordar, alegadamente, com as «más práticas» relacionadas com crédito e negócios, revelaram os nossos interlocutores.

Depois de submeter a sua carta de demissão, António Domingues, que está há três anos no BFA, «insatisfeito», fez chegar outra missiva ao governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, onde explica as razões que o levaram a tomar a referida decisão, situação que forçou o regulador do sistema bancário nacional a convidá-lo para uma reunião, acto que terá ocorrido na tarde de terça-feira, 7 de Julho, isso após apresentação à imprensa da nova família do kwanza, detalharam as fontes.

"Na terça-feira, o BNA chamou alguns gestores de topo do BFA para uma reunião urgente devido à carta que António Domingues entregou ao regulador", não tendo o Novo Jornal conseguido apurar os pontos discutidos no encontro.

O NJ contactou o BFA, por e-mail, no sentido de obter mais informações sobre o pedido de demissão do banqueiro português, mas não teve sucesso, pois, às 13:33 minutos de quarta-feira, 8, a Direcção de Relações Institucionais do BFA limitou-se a responder "recebemos o seu pedido de esclarecimento e, assim que for possível, contamos a dar uma resposta".

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