A revelação foi feita esta quarta-feira, 8, pelo governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, durante a discussão na especialidade sobre a Proposta de Lei que Autoriza o Banco Nacional de Angola (BNA) a emitir e pôr em circulação uma Nova Família de Notas do Kwanza.

José de Lima Massano explicou que o custo vai depender muito do ritmo de colocação das notas em circulação assim que a proposta de lei obtiver a aprovação final dos deputados no Parlamento.

Com a introdução de novas séries da moeda nacional, de acordo com as declarações do governador do banco central, o BNA vai reduzir metade dos valores que tem estado a utilizar para a manutenção das notas em circulação.

"O que pretendemos, e é assim que está o exercício organizado, é que o custo que teríamos com o saneamento, há-de ser o custo que teremos com a introdução das novas notas do Kwanza", afirmou.

José de Lima Massano não avançou o número de notas que vão entrar em circulação na primeira fase, mas, avançou que três empresas de origem russa, alemã e norte-americana, foram seleccionadas para produzirem a nova família do Kwanza.

O Governador do Banco Nacional de Angola garante que devido aos factores operacionais, é vantajoso ter mais de um número de fabricante das notas.

Questionado sobre os critérios usados para a selecção destas empresas, Massano disse que a instituição elaborou um caderno de encargos que acarreta várias especificações entre as quais, as capacidades técnicas de cada produtor, a referência que têm no mercado internacional e os países para quem já produziram notas.

A proposta financeira e a assistência que têm que ser dadas a qualquer banco central nos processos de introdução de notas com novas características, são também razões que levaram o BNA a seleccionar estas três firmas.

Para série de 2020 da nova família do Kwanza, o BNA vai emitir notas de 200, 500, 1000, 2000, 5000 e 10.000 kwanzas, segundo a proposta de lei em discussão na Assembleia Nacional, embora a de 10.000 não vá, pelo menos inicialmente, ser colocada em circulação por não existir essa necessidade, explicou o governador do BNA.

Os deputados continuam a discutir a "arquitectura" das notas, nomeadamente a sua composição gráfica, estando em cima da mesa como possibilidade mais forte passarem todas a ter como elemento identitário o rosto de Agostinho Neto em vez do que sucede actualmente, onde surgem os rostos de Neto e José Eduardo dos Santos.