Adicionalmente, refere o comunicado chegado à redacção do Novo Jornal, "a área de Compliance da empresa tem agora o nível de Direcção tendo como responsabilidade assegurar, tanto a nível corporativo como das Unidades de Negócio, a implementação do Programa de Conformidade, que visa fortalecer a cultura organizacional, alavancar os negócios, proteger e ajudar a melhorar a reputação da empresa".

Além destas iniciativas, a Sonangol destaca a adesão do Grupo Sonangol à Trace International, uma associação comercial sem fins lucrativos, fundada em 2001, totalmente financiada pelos seus membros, cujo objecto social consiste em fornecer às empresas multinacionais e seus intermediários comerciais, suporte em compliance anti-suborno, de acordo com as leis U.S. Foreign Corrupt Practices Act, UK Bribery Act e "demais legislação semelhante."

A Trace International, fundada em 2001 e reconhecida mundialmente, é fornecedora líder de soluções de gestão de riscos de terceiros com custos partilhados e tem como objecto social fornecer às empresas multinacionais e seus intermediários comerciais suporte em compliance anti-suborno, de acordo com as leis U.S. Foreign Corrupt Practices Act, UK Bribery Act.

A petrolífera estatal, que tem agora Sebastião Gaspar Martins como presidente do Conselho de Administração, refere em comunicado que "a revisão destas políticas enquadra-se no princípio geral que norteia o Conselho de Administração da Sonangol E. P. no que respeita à cultura da empresa e ao objectivo de tornar a Sonangol E.P., uma empresa com índices de transparência ao nível das melhores práticas mundiais".

A petrolífera está a tentar recuperar a reputação da empresa, atingida pelo Luanda Leaks, uma investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, que divulgou que entre Maio e Novembro de 2017, Isabel dos Santos transferiu, enquanto presidente do Conselho de Administração da Sonangol, nomeada pelo seu pai, o ex-Presidente da República José Eduardo dos Santos, pelo menos 115 milhões de dólares de fundos públicos para o Dubai. A transferência do valor foi justificada como pagamento de serviços de consultoria prestados à petrolífera nacional Sonangol.
A notícia mais recente sobre a Sonangol envolve uma empresa detida pelo ex-vice-presidente Manuel Vicente que terá lucrado três mil milhões de dólares norte-americanos com a transação de dois blocos petrolíferos que tinham sido cedidos a custo zero pela petrolífera nacional.