Esta informação foi avançada na terça-feira por Vera Daves durante uma conferência digital organizada pela agência financeira Bloomberg, sendo esta opção resultado da necessidade de arrecadar receita para investir no desenvolvimento do país.
A alienação de parte do capital das duas empresas, que estão no topo das mais valiosas do Estado angolano, faz parte do plano alargado de privatizações que o Executivo de João Lourenço anunciou há dois anos.
A indefinição do calendário da privatização resulta, explicou a ministra das Finanças, citada pela Lusa, do que falta ainda fazer para "organizar estas empresas" e ainda cumprir com as exigências internacionais padrão para este tipo de negócios "due dilligence", essencial para "capturar o interesse de investidores de qualidade".
Nesta conferência, Vera Daves aproveitou ainda para reafirmar que tem a expectativa de 2021 ser uma no de reviravolta na crise económica que o País atravessa e indicou como prioridades da sua acção a sustentação do crescimento no sector não-petrolífero, no controlo da dívida e no investimento na saúde.
Vera Daves aproveitou este momento para admitir que o actual momento é de grandes dificuldades apontando como essencial ter paciência porque melhores dias virão, naquilo que é uma palavra dirigida aos milhares de jovens que nas últimas semanas têm saído à rua para exigir emprego e melhores condições de vida.