O alerta veio da Comissão Municipal de Saúde da cidade de Bayannur, na região autónoma da Mongólia Interior, que revelou que um pastor foi internado num hospital local, onde foi diagnosticado com a doença.

Segundo a comissão, o doente permanece isolado e em condição "estável".

A imprensa local refere o comunicado em que a Comissão Municipal de Saúde da cidade de Bayannur pede aos cidadãos mais cautela na prevenção do contágio entre seres humanos, exigindo que não sejam consumidos animais que possam causar infecções pela doença.

As autoridades de saúde apelam ainda que sejam relatados casos de pacientes que apresentem febre alta sem motivo aparente ou que morram subitamente, pedindo aos cidadãos que informem se encontrarem marmotas ou outros animais doentes ou mortos.

O alerta de nível 3 vai manter-se em vigor até ao final deste ano para prevenir e controlar possíveis surtos de peste bubónica. A escala vai de 1 a 4, o nível um é o mais alto e o quatro o mais baixo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, actualmente, os três países actualmente mais afectados por desta doença bacteriana são Madagáscar, a República Democrática do Congo e o Peru.

Na semana passada foram confirmados dois casos de peste bubónica na Mongólia.

Fatal, mas tratável com antibióticos

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a peste é causada por Yersinia pestis, uma bactéria que é frequentemente encontrada em pequenos mamíferos e em pulgas que os parasitam.

As pessoas infectadas com a bactéria apresentam geralmente sintomas após um período de incubação de 1 a 7 dias.

Existem duas formas clínicas principais de peste: bubónica e pneumónica. A peste bubónica, caracterizada pelo inchaço doloroso dos gânglios linfáticos, é a mais comum.

A peste é transmitida entre animais e humanos pela picada de pulgas infectadas, contacto direto com tecidos infectados ou inalação de gotículas respiratórias infectadas.

Pode ser uma doença muito séria para os seres humanos, caso não sejam tratados, apresentando uma taxa de mortalidade de 30% a 60% e a pneumonia é invariavelmente fatal.

No entanto, o tratamento com antibióticos é eficaz, portanto, o diagnóstico e o tratamento precoces podem salvar vidas humanas.

Entre 2010 e 2015, 3.248 casos foram relatados em todo o mundo, 584 deles fatais.