Vai-se o cacimbo arrastando, e os assuntos vão sendo discutidos um pouco na base do quase defenestrar José Eduardo dos Santos e glorificar o novo inquilino do Palácio da Cidade Alta, João Lourenço, pelo que vou vendo quem vai denegrindo um e santificando outro. São exactamente as mesmas pessoas que sempre fizeram isso, salvo as excepções que confirmam a regra!

Um dos maiores da língua portuguesa, José Régio termina o seu Cântico Negro "Não sei por onde vou, Não sei para onde vou... Sei que não vou por aí!". É mesmo assim, mais que, assim, me vou refugiar nas historietas por uns tempos!

No dealbar da independência, passeava despreocupadamente na Baixa de Luanda, num tempo em que se andava a pé despreocupadamente, e havia Baixa e até Luanda existia, e parei mais ou menos em frente ao Centro de Imprensa Aníbal de Melo, num estabelecimento de fotografia que havia do outro lado da rua, a velhinha "Foto Castro". Olhei para uns escaparates empoeirados que ladeavam a entrada do estabelecimento, e entre muitas fotos que permaneciam fixas com pioneses enferrujadas e amarelecidas pelo tempo encontrei lá uma minha, e durante muito tempo ela lá permaneceu ao lado de muitas outras que mais não éramos que o rosto do colonialismo derrotado pelas "forças populares"!

(Leia este artigo na íntegra na edição semanal do Novo Jornal, nas bancas, ou através de assinatura digital, disponível aqui https://leitor.novavaga.co.ao e pagável no Multicaixa)