Durante uma intervenção sobre o 45º aniversário da TPA, o responsável pela tutela da Comunicação Social aproveitou para sublinhar que está a trabalhar para que as empresas que foram apreendidas e colocadas na esfera pública, ao abrigo da Lei de Repatriamento de Capitais e Perda Alargada de Bens, voltem ao sector privado no próximo ano, adequadamente antes das eleições gerais de 2022.

Entre as empresas absorvidas pelo Estado no sector dos media estão, além da TV Zimbo, a mais importante e influente, o jornal O País e a Rádio Mais, do grupo Media Nova, e ainda a Palanca TV e a Rádio Global, do grupo Interactive Empreendimentos.

Sobre a polémica em torno da alegada censura nos media que agora estão sob a tutela directa do seu ministério, despoletada depois de o jornalista Carlos Rosado de Carvalho ter sido "despedido" da TV Zimbo, onde tinha um programa semanal de análise, "Directo ao Ponto", por insistir na questão do Caso Edeltrudes Costa contra a decisão da estação, e depois de também o mesmo lhe ter sucedido na Palanca TV, Manuel Homem persistiu na ideia de que não há quaisquer indícios de censura.

Citado pela Angop, Manuel Homem negou de forma peremptória a existência de qualquer cerceamento da liberdade de expressão nestes órgãos de comunicação social, sublinhando que todos eles continuam a trabalhar normalmente e sem interferência.

"O Executivo mantém o seu compromisso de conservar os postos de trabalho nestes órgãos, continuar a garantir o pagamento dos salários aos seus trabalhadores e de pugnar pela pluralidade e diversidade da informação", acrescentou o governante.