Ao Novo Jornal, o líder do grupo, Liberty Chiyaka, revelou que os grupos parlamentares ficaram quase 10 meses, durante o ano passado, sem as suas subvenções de funcionamento, o que criou enormes embaraços nas actividades programadas.

"Infelizmente, depois de terem regularizado a situação, em Janeiro deste ano, os grupos parlamentares estão, de novo, há quatro meses sem essas subvenções", lamentou Liberty Chiyaka.

O deputado da UNITA espera que no próximo ano legislativo, que começa no dia 15 de Outubro, os serviços administrativos da Assembleia Nacional não voltem a cometer os mesmos erros.

Para Liberty Chiyaka "não se pode falar de uma democracia vibrante sem financiamento à acção dos partidos políticos e este cenário não dinamiza a acção da Assembleia Nacional".

"E aqui faço uma homenagem a todos os grupos parlamentares que, apesar de todos dos constrangimentos, conseguem manter uma certa dinâmica parlamentar, uma certa dinâmica político-legislativa", reconheceu o deputado.

A UNITA, de acordo com o deputado, "entende que o principal constrangimento para o bom funcionamento da Assembleia Nacional é falta de vontade político-patriótica da maioria parlamentar do MPLA".

"Do nosso ponto de vista, a falta de vontade patriótica, a falta de abertura ao diálogo, a falta do espírito de concertação, são dos principais constrangimentos de ordem política que a Assembleia Nacional enfrenta", clarificou, fazendo referência ao partido que sustenta o Governo.

"Em 2020, Angola falhou vários compromissos fundamentais para o bem da democracia", sublinhou.

Recorda-se que o grupo parlamentar da UNITA recebe, mensalmente, 11 milhões de kwanzas para a realização das suas actividades políticas no quadro do Orçamento Geral do Estado (OGE).