"Vamos criar um Observatório Nacional sobre os Direito Humanos, as Comissões Provinciais de Direitos Humanos tem que se organizar bem para que em cada província façam a avaliação dos Direitos Humanos, para produzirem relatórios, e que esses relatórios depois sejam tratados de modo consolidado", disse Francisco Queiroz.

O ministro acrescentou ainda que o Conselho de Segurança Nacional vai fazer a avaliação do mesmo modo que é feita a avaliação da defesa, da segurança e da ordem interna.

"Se os direitos humanos não estiverem a ser devidamente respeitados, e as pessoas o sentirem, isso pode gerar uma situação de conflito social, de segurança nacional, pode mesmo gerar uma situação de revolta como muitas que aconteceram", afirmou.

Francisco Queiroz, reiterando que a questão dos Direitos Humanos é essencial para a segurança nacional, sublinhou o pedido para que todos contribuam com os seus pontos de vista de forma a criar no país "uma estratégia" para esta área que seja "realmente de todos".

O governante agradeceu pelo facto de toda a Sociedade Civil comparecer no Palácio da Justiça sem nenhum constrangimento.

"Felizmente a Sociedade Civil está qui muito bem representada e esperamos que haja de facto boas contribuições", disse, acrescentando que o objectivo é levar Angola a adquirir "a maioridade em Direitos Humanos", porque os angolanos têm a capacidade de fazer a avaliação da situação nesta área.

"Temos a capacidade de fazermos a nossa avaliação sem dependermos de terceiros, nós próprios fazermos o juízo, fazermos a condenação e fazermos a correcção para não ficarmos dependentes das avaliações que fazem lá de fora, por pessoas que nem sempre conhecem a nossa realidade", disse.

Francisco Queiroz criticou a forma como "aparecem muitas vezes pessoas com posições paternalistas a dizer o que devemos ou não devemos fazer em Direitos Humanos".

O evento contou com a presença de governantes, políticos, membros da sociedade civil, igrejas e activistas dos direitos humanos e comunitários.