O antigo secretário provincial do Sindicato dos Professores (SINPROF) em Benguela, Armindo Cambele, foi encontrado morto no dia 6 de Abril do ano passado, no interior da sua habitação, na cidade de Benguela.

A confirmação do arquivamento do processo-crime foi comunicada ao NJOnlne por uma fonte da PGR junto do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Benguela.

Segundo a PGR, o SIC-Benguela, em colaboração com efectivos do SIC-Luanda, colocados no Laboratório Central de Criminalística em Luanda (LCCL), foram incapaz de esclarecer o crime durante este período.

"Na data dos factos, as investigações do SIC-Benguela apontavam apenas que o sindicalista cometeu suicídio", disse, acrescentando que procuradoria teve contacto com o documento passado pelo médico legista, que revelava que o homem ingeriu alguns produtos tóxicos, "mas os resultados não eram conclusivos".

"Dada a dimensão da situação, o Laboratório Central de Criminalística recebeu as amostras destes produtos tóxicos, para realização de exames adicionais. Devido à falta de materiais complementares, segundo informação do SIC-Luanda, a divulgação ficou condicionada", salientou a PGR.

Crime perfeito ou debilidade do SIC em esclarecer o crime? Essa é a pergunta que amigos e familiares de Armindo Cambele fazem há mais de um ano.

De recordar que o episódio ocorreu numa altura em que o SINPROF tinha agendado uma paralisação que visava forçar o Executivo a dar respostas às reivindicações, com realce para a "aprovação do Estatuto da Carreira Docente, o Regime de Avaliação de Desempenho e o Regulamento de Transição das Categorias, tendo em conta a melhoria das condições salariais dos professores".