A explosão ocorreu em Caphiridzange, no distrito Moatize, província de Tete, e, para além dos 73 mortos já confirmados, deixou ainda mais de 100 pessoas com ferimentos, alguns deles com queimaduras severas.

"Os elementos estão aí, são soltos, e todos nós ouvimos. É importante darmos tempo à comissão apropriada, com peritos apropriados, que nos vão trazer a lume o que é que efetivamente aconteceu", disse aos jornalistas na cidade de Tete a ministra da Administração Estatal, Carmelita Namashulua, que chefia a delegação governamental enviada para o local para dirigir a assistência às vítimas e supervisionar as investigações sobre as causas da explosão.

O manuseio de uma fonte de ignição enquanto centenas de pessoas procuravam retirar combustível da cisterna; a queda de um raio ou ainda um curto-circuito no sistema eléctrico da viatura são algumas das versões que estão a ser apontadas como causas pela imprensa moçambicana.

A própria ministra referiu que o que aconteceu foi que as pessoas correram muitos riscos, tirando gasolina em baldes, com mangueiras ou mesmo furando a cisterna, o que é o suficiente para provocar uma faísca e despoletar a explosão

"Houve um movimento desusado: uns a tentar tirar [combustível] com bidons, a meter e tirar do tanque como se estivessem a tirar água do poço, com todo o tipo de objectos, plásticos e metálicos, outros tentaram tirar com mangueiras, e aqueles que tentaram furar o próprio tanque", descreveu Carmelita Namashulua.

O Governo reforçou as unidades de saúde de Tete com médico9s e enfermeiros provenientes de outras zonas do país para responder às necessidades de assistência às vítimas.

Algumas pessoas que morreram na explosão e que tinham sido enterradas numa vala comum, foram transladadas pelas autoridades para o cemitério devido a protestos populares.