Com a ausência dos Palancas Negras na maior montra do futebol continental, o árbitro internacional angolano Hélder Martins considera, em entrevista ao Novo Jornal (via Whatsapp), a actual edição do Campeonato Africano das Nações (CAN 2021), que se disputa nos Camarões, o momento mais alto da sua carreira, que conta com 20 anos de profissionalismo, 14 dos quais ao serviço do futebol doméstico.

"Sabemos que esta é a maior competição do continente, uma prova igualada ao Euro e à Copa América, por isso ser escolhido é, de facto, motivo de bastante orgulho e satisfação pessoal", considera Hélder Martins, árbitro principal que apitou no domingo, 09, o jogo entre Cabo Verde - Etiópia, coadjuvado também por outro angolano, o assistente Jerson Emiliano.

Ao longo dos seus 20 anos de carreira, o juiz afirma que existe, na sua trajectória, uma partida de futebol que gostaria de esquecer para sempre. Trata-se do jogo Camarões - Senegal, que apuraria uma das equipas para o CAN e Mundial, mas que, aos 85 minutos do encontro, o árbitro assinalou um penálti a favor dos "Leões Indomáveis", mas que Samuel Eto"o falhou na conversão.

"Sofri enorme pressão por parte da Federação Senegalesa de Futebol. Queriam que eu fosse suspenso pela Confederação Africana (CAF) e pela FIFA, com o beneplácito de alguma imprensa angolana que caiu no mesmo jogo sujo e quase deram por terminada a minha carreira. Mas Deus é maior, e hoje estou aqui a viver mais um grande momento", lembrou o internacional angolano, considerando que, da mesma forma que existem momentos negros, "gostaria de apitar todos os clássicos entre o Petro de Luanda - 1.º de Agosto e os jogos entre equipas árabes, em que, há de facto, muita pressão. São essas partidas nas quais ponho à prova a minha competência e que me ajudam a ser ainda melhor"

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