Em despacho assinado pela ministra das Finanças são aprovadas as peças do procedimento, nomeadamente o anúncio e os termos de referência para a alienação Palace Hotel Bissau, no Bairro das Embaixadas, na cidade da Guiné-Bissau.

É igualmente nomeada a comissão multissectorial responsável pela condução do procedimento, coordenada por Jacira da Silva, representante do Ministério das Finanças, e integrada por representantes dos ministérios das Relações Exteriores, das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, e da Missão Diplomática de Angola na Guiné-Bissau.

São subdelegados ao embaixador de Angola na Guiné-Bissau poderes para, em nome e representação do Estado angolano, celebrar os contratos-promessa de compra e venda com os adjudicatários, devendo igualmente assegurar a respectiva execução.

São subdelegados à directora nacional do património do Estado poderes para, em nome e representação do Estado angolano, celebrar os instrumentos jurídicos de transferência da propriedade para os vendedores, tão logo se confirme o pagamento da totalidade do preço do imóvel.

Em Abril de 2019, a alienação do "Palace Hotel de Bissau" foi justificada porque o imóvel, devido à sua "dimensão e custos de manutenção, não responde de forma satisfatória às necessidades da missão diplomática naquele país", estandando prevista a mudança de local da Embaixada de Angola para outro local.

"Tendo em conta que a missão diplomática de Angola na Guiné-Bissau dispõe de outro imóvel que responde adequadamente às suas necessidades", o Presidente da República determinou autorizar a alienação do "Palace Hotel de Bissau", construído por Taiwan no tempo em que a Guiné-Bissau não tinha relações diplomáticas com a China.

O imóvel, que chegou a funcionar como parlamento daquele país, foi vendido a uma empresa argelina que o recuperou como unidade hoteleira, mas que acabou depois por vendê-lo ao Estado angolano para instalar a representação diplomática no país.

Naquele espaço estava também instalada a missão militar angolana de apoio à reforma do sector de defesa e segurança (Missang), que saiu da Guiné-Bissau em 2012, na sequência do golpe de Estado, tendo sido substituída por uma força militar da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).