O anúncio foi feito pela administração da Lucapa, que justifica a decisão com a opção por apostar tudo na mina do Lulo, na Lunda Norte, que ficou conhecida por ser a "mãe" das maiores "pedras" alguma vez extraídas pela centenária indústria diamantífera angolana.
Foi desta mina que saiu, em 2016, poucos meses após o arranque da actividade em pleno, o diamante de 404 quilates, o maior de sempre e um dos maiores do mundo conhecidos, que resultou na criação de uma jóia única que foi vendida por 33 milhões USD.
A "pedra" foi adquirida então pela de Grisogono, a joalheira suíça de Isabel dos Santos, entretanto falida, por 16 milhões de dólares.
Mas não foi o único gigante (ver links em baixo nesta página) que saiu das entranhas do Lulo, sendo dali que saíram para o mundo os cinco maiores diamantes produzidos em Angola, o que valeu a este "couto" o estatuto do valor mais caro do mundo por quilate em 2026, na casa dos 2900 USD.
Apesar de a mina do Lesoto, Mothae, também ser local de extracção de alguns gigantes, embora de menor importância que os angolanos, em qualidade e em quantidade, os australianos, que exploram o Lulo com a Endiama e a Rosa & Pétalas, optaram por concentrar a "artilharia" no Lulo e na sua mina australiana Merlin, estando ainda a proceder a explorações no Botsuana.
Os valores envolvidos neste negócio do Lesoto, onde possui 70%, sendo os restantes 30% do Governo local, não foram envolvidos, mas, provavelmente, os milhões que resultarem da venda poderão ser investidos no grande objectivo no Lulo que é encontrar o kimberlito perdido de onde brotaram os gigantes tenco trados no aluvião espalhado pelos 3.000 kms2 da propriedade.