Quatrocentos e um dólares e noventa e quatro cêntimos, ou, apresentado de outra forma: 401,94 dólares. Este é o preço de um iPhone em Angola, de acordo com o Linio, o maior portal de vendas online da América Latina, onde o país aparece como o mais barato do mundo para compra de um iPhone.
A conclusão - recém-divulgada pelo site no seu "Índice de Preços 2016 para a Tecnologia" - compara os custos de aquisição em 72 países, tendo como base não apenas o valor do telefone, mas também os impostos sobre consumo (onde Angola sai a ganhar) e a inflação, variáveis que explicam a posição da Venezuela, classificada como a nação mais cara do globo para comprar um iPhone, cotado a uns estonteantes 97.814 dólares.
Mas, voltemos a Angola. Apesar de o país surgir, surpreendentemente, como o mais barato para se ter um iPhone - considerando uma média de preços dos vários modelos da Apple -, na realidade a maioria da população não tem acesso ao mesmo.
É caso para dizer: Angola tem o iPhone mais económico, mas não há. Mais ainda se tivermos em conta que a moeda de referência utilizada no estudo é o dólar, cujo custo atinge valores exorbitantes no mercado paralelo, que tem sido a única via de acesso a divisas.
Aliás, basta recuar ao final do ano passado para recuperar um dos muitos motivos de protesto dos consumidores angolanos em 2016: o iPhone 7 foi lançado a um preço próximo de 1 milhão de kwanzas.