O Canal do Suez, que liga o Mar Mediterrâneo e o Atlântico ao Mar Vermelho e ao Oceano Índico, esteve bloqueado por um porta-contentores gigante, com mais de 400 metros, durante quase uma semana, depois de o Ever Given ter encalhado nesta estreita via marítima que é uma das principais fontes de rendimento do Egipto.
O Governo do Cairo obtém, através da cobrança de taxas pela passagem de centenas de navios, diariamente, mais de 12 milhões de dólares. Mas a verba, superior a mil milhões USD, soma ainda os custos com a operação de desencalhe do navio, os custos que os navios bloqueados poderão imputar à gestão do canal, entre outros.
Esta decisão foi divulgada por um responsável pela administração do Canal do Suez a uma estação de TV egípcia e replicada pelas agências de notícias.
Os responsáveis pelo navio, a Bernard Schulte Shipmanagement, já fez saber que estão, tal como a tripulação, a colaborar com as autoridades egípcias no sentido de apurar ao detalhe as razões para o encalhe do Ever Given.
A embarcação, como o Novo Jornal foi noticiando aqui, aqui, aqui e aqui, atravessou-se no estreito canal, a 24 de Março, impedindo o trafego nesta via que é a principal ligação comercial entre a Ásia e a Europa, responsável por cerca de 20 por cento do comércio global e uma das mais importantes saídas de petróleo do Golfo Pérsico e Mar Arábico para o resto do mundo.