Os números e os factos revelam que somos um país de gente jovem. A nossa média de idade é de 16 anos, igual a do Uganda e apenas inferior a no Níger.
Os países com a população mais jovem estão em África o que é uma janela de oportunidades mas também um facto absolutamente desafiante para os governos dos nossos países.
Em 2040, faltam só 16 anos até lá, a maior parte da população activa do planeta estará concentrada no continente africano.
Com isto, industrialização dos nossos países a partir de agora torna-se uma questão de sobrevivência colectiva, pois sem empregos suficientes para a grande massa juvenil que aí vem vamos implodir, como bem alertou o economista Carlos Gomes, na altura presidente da Comissão de Economia das Nações Unidas para Africa.
Com tanta gente jovem, sendo inclusivamente a franja populacional largamente maioritária, não restam dúvidas que o desporto pode e deve ser uma fonte de coesão, de integração e de ascensão social.
Podemos ver e sentir muito recentemente durante os jogos olímpicos a força e o papel absolutamente central que o desporto ocupa na vida pública, nas suas mais variadas vertentes, das nações do nosso mundo.
A juventude precisa de referências e sonhos. O desporto é farto nisto, com múltiplos casos de superação pessoal e institucional, de realização e alcance de coisas " impossíveis ".
Ter a população com a segunda média de idade mais baixa no mundo inteiro é um desafio, uma causa nacional, uma preocupação e um também, no reverso da moeda, uma oportunidade, um estímulo, um incentivo à que busquemos o melhor das nossas inteligências e saberes para encontramos as melhores opções.
Diante da imensidão deste desafio mãos à obra, façamos nós, agentes do movimento desportivo, a nossa parte.
to falso com 4.900 caracteres ...

*Jurista e Presidente do Clube Escola Desportiva Formigas do Cazenga