Na cidade de Saurimo, durante um encontro com os vice-governadores e administradores municipais das províncias de Lunda-Sul, Lunda-Norte e Moxico, Bornito de Sousa retomou uma velha proposta, que, quatro anos depois continua sem prazo de execução.

“Não são projectos imediatos”, sublinha o governante, insistindo na “ideia de promover a divisão do Moxico em três províncias e a do Kuando Kubando em duas”.

Os planos parecem, contudo, destinados a ficar na gaveta, ressurgindo a cada dois anos. Afinal, a ideia de revisão administrativa foi introduzida em 2012, e, já na altura, divulgada pelo Novo Jornal.

“Vamos dividir o Moxico provavelmente em três províncias, e o Kuando Kubango provavelmente em duas províncias”, anunciava Bornito de Sousa em 2012.

Dois anos depois, em 2014, a nova divisão político-administrativa das províncias do Kuando Kubango e do Moxico voltava a ser notícia, com a Presidência da República a debruçar-se sobre um estudo de recomendação do aumento do número de províncias de Angola de 18 para 21.

Agora em 2016, a alteração do ordenamento do território regressa à actualidade, mas continua à espera de uma calendarização. Apesar desta indefinição, Bornito de Sousa entende que o Executivo deve começar a fazer planos com base no anunciado novo mapa.

“Por exemplo, se o Ministério da Educação quer fazer um instituto superior, então vamos já projectar que se faça na futura província X ou província Y”, sugeriu, em Saurimo, o titular da Administração do Território.

Insistindo na lógica de que os planos de governo devem orientar-se já para uma Angola a 21 províncias, o ministro deixou uma recomendação ao poder local.

“Os próprios governadores podem já potenciar o desenvolvimento olhando para essa perspectiva. E quando chegar o momento de se decidir, então será mais fácil”.

Mais difícil afigura-se prever em que data chegará a decisão.